23/01/2013

Resenha: A Infiltrada - Infiltrando-se na N.S.A



Título Original: A Infiltrada – Infiltrando-se na N.S.A
Autora: Natália Marques
Editora: Lio
Páginas: 479
Ano: 2011





Sinopse: Membro da máfia italiana Padova, Claire Evans infiltra-se no treinamento militar da agência de segurança nacional norte americana – N.S.A – assumindo o psudônimo de Hailey Dawson. No prazo de um ano, precisa permitir a entrada do maior carregamento de drogas da história no país e matar o generalíssimo Alan Beckert, que tem contas a acertar com a máfia. Contudo, sua vítima não é tão fácil. Além de frio, misterioso, rude, terror dos novatos, ele parece saber quem verdadeiramente é.
Sabendo que precisa tirá-lo de seu caminho, Claire aproxima-se do temido militar, mas acaba cometendo o pior de todos os erros: apaixona-se por ele.



Bom, vou começar o blog com a resenha desse livro que li assim que foi lançado e por ser uma fanfic que eu já gostava, me prendi a leitura deste.
Já logo no começo do livro temos algumas observações:


NSA: É a agência de segurança nacional norte-americana. Sua sede fica na cidade em Fort George G. Meade. Todo o resto presente na história, com algumas exceções, é ficcional, não têm relação direta ou indireta com a agência.



Generalíssimo: É uma patente militar bastante exclusiva, dada a um militar que alcançou estirpes além do comum.



Fazenda Hammersmith: É ficcional.

Bom, como vocês leram na sinopse Claire Evans é uma membro da máfia Italiana. Porém seus crimes não chegam nem aos pés do que seus “chefes” estavam dispostos a lhe oferecer. Claire, por querer mostrar que era capaz aceita a missão de se infiltrar num órgão nacional nos Estados Unidos e permitir um carregamento de drogas.
Logo o que chama a atenção é o jeito de Claire, ela não é nem um pouco fácil de se lidar... então quando chega à NSA sofre seriamente nas mãos de Alan Beckert.
                Alan é um homem rude, não tem piedade de ninguém. Apesar de ser um homem com seus dotes físicos que chama a atenção de qualquer um, menos claro, de Claire que se concentra ao máximo para cumprir sua missão e acabar com a vida daquele homem.
                E quem disse que o Generalíssimo aceita um novato levantando a voz para ele? Por isso, Claire chega até a apanhar e ser obrigada a dormir com outros homens.


Não? Ou você acha que é um novato melhor do que os outros? Só por que mostrou que sabe quem foram os presidentes dos EUA, acha que pode ganhar direitos, criança?”

                Claire conseguira o primeiro lugar no teste teórico, mas nem mesmo a boa colocação parecia causar algum efeito naquele homem. Sentindo seu controle esvair-se, ergueu o queixo e encarou-o.

                “Se é tão desnecessário saber dessas coisas, porque a NSA insiste em colocar então?” Teimou. O generalíssimo nada respondeu, somente distanciou-se um passo. Claire achou que havia ganhado a batalha e que, assim como no primeiro dia ali, ele viraria as costas e voltaria a seus afazeres. Mas não foi o que aconteceu daquela vez.

                Com um movimento extremamente rápido, o generalíssimo pegou o bastão que sempre trazia consigo e desferiu um golpe no estômago da infiltrada. Com o golpe, arqueou-se segurando a área machucada, sentindo uma dor lacerante percorrer todos os seus poros.

                Algumas lágrimas, não tanto de dor, mas de frustração queimaram seus olhos e ela ergueu seu olhar para o generalíssimo que a olhava sem expressão alguma. – Página 29/30.
 



Com esse trecho vocês podem ver que o homem não era nada fácil e muito menos dócil. E mesmo diante dessa luta travada entre os dois eles se aproximam. Claire encontra um amigo dentro da agência, Luke que vive repetindo a frase “Filhos de um pai”
                O Generalíssimo não deixa Claire em paz um só segundo e por isso a coloca para trabalhar na enfermaria junto com Nora, que é uma moça doce e encantadora.
                Evans e Beckert tem uma relação nada comum. Com o passar do tempo ele se torna mais tolerável com ela, suportando as merdas que ela fazia.
                Os dois conseguem passar por cada situação. Sem falar nas provocações, como a do Generalíssimo insistindo em tratá-la por “Novato” e ela deixando a toalha cair para mostrar que ali não havia nada de “Novato”
                Claire também descobre que o Generalíssimo é um grande homem na luta de boxe, e é claro, isso enche seus olhos.
                Então acontece que a NSA todos os anos organiza um evento de lutas de boxe, onde até outros militares de outros lugares juntam-se a eles para essa competição.
                E mesmo não querendo, Claire acaba sendo treinada por ele, o seu terror pessoal. Mas isso é primordial para que no dia ela consiga vencer.




O Juiz agachou-se ao lado da infiltrada e começou a bater no ringue os segundos até o fim da luta, fazendo com que ela grunhisse se sentindo mais cansada do que nunca em sua vida. As pessoas ao redor estavam tensas, esperando que ela levantasse, mas logo foram perdendo a esperança.

                Então tudo aconteceu em câmera lenta.

                Lentamente a infiltrada virou a cabeça para o lado, como se desistisse, mas foi então que o viu ali na porta da sala de treinamento, encarando-a com firmeza. Ao seu lado, o coronel McCarthy fitava-a com pesar... Mas ela nem sequer notou-o, uma vez que seus olhos cravaram naqueles verdes que a prendiam. Página 226



E depois lembro-me da festa que Luke fez dizendo que sua amiga “Filha de um pai tinha vencido a Tenente Chevalier", uma mulher super arrogante.

                “Quem vai ganhar essa luta sou eu, tenente de merda.” Cuspiu as palavras na cara dela, que rosnou.

                Alan Beckert tem seus problemas do passado, envolvendo sua família. Por isso se tornou esse homem frio e rude e tenta esconder de si que tem seus sentimentos. O Coronel McCarthy era o único mais próximo de um amigo que já teve. Sua vida, seu passado quando criança deixaram-lhe marcas de ódio profundas... e por isso trazia nas costas uma tatuagem dizendo “Uma questão de Justiça”

                Enfim, esse livro é a primeira temporada e eu mal posso esperar pela segunda que é muito mais alucinante.
                Claire e Alan desenvolve algo entre eles que nem eles mesmos sabem denominar, mas que é mais forte do que muita coisa que vemos por aí hoje em dia.
 


 


“Tão prepotente...” Rosnou.

                Retirando o sorriso do rosto passou a encará-lo, séria. “E você, General?”

                “Eu o que?”

                “Faz parte dos homens que me olham com outros olhos?”

                Ele parou a dança de repente, porém nunca desviou sua atenção dela. Só depois de algum tempo que percebeu que a valsa havia acabado e com uma salva de palmas os pares iam de afastando. A luz da pista foi diminuindo gradativamente, deixando-a em uma penumbra. Era a hora do DJ reger a festa.

                Apesar da recente penumbra, o olhar dos dois nunca se desviou. Tão intenso tão inequívoco e provocador.

                “E isso faz alguma diferença para você?” Uma música instigante começou a tocar e para não ficarem parados no meio da pista, começaram a se movimentar lentamente conforme a música.

                “Não...” Claire respondeu e perdeu um pouco o ar quando sentiu um braço do general puxando-a com força contra seu corpo, fazendo com que seu busto se chocasse contra o peitoril dele. “Curiosidade”

                “Por que será que eu não acredito em você, novato?”

                Riu. “Você nunca acredita em mim”

                “Você ignora tantas coisas, novato...”...



Enfim, esse casal consegue tirar o fôlego de qualquer um e eu indico este livro e a gente se surpreende no final com o que o Generalíssimo faz, ambos que são cabeça dura não conseguem enxergar o sentem um pelo outro.
                É muito mais do que algo carnal, é algo sincero que é construído aos poucos... com o tempo!



“Pessoas como você e eu são como armas...” Girou-a entre os dedos, observando-a como se fosse algo curioso a ser estudado e ele o cientista a fazê-lo. “Mesmo não carregadas, ninguém ousa chegar perto, a menos...” Bufou ironicamente “A menos que queiram algo com ela”

“Eu gosto de armas”. Disse por fim, desviando o olhar da Pára-FAL para encontrar dois orbes verdes que a encaravam.

                Achou que foi uma alucinação, mas o lado direito dos lábios do general se repuxaram para cima em uma espécie de meio sorriso. Foi extremamente rápido, somente um ato que antecedeu a resposta a fala de Claire:

                “Eu também.”

Uma história criativa, envolvente, nada de lenga lenga com o casal que tem a relação novato-general mais filha de um pai de todos os tempos!


~

Um comentário:

  1. Parabéns pelo Blog! Gostei muito de sua resenha. E esse livro é bem diferente e para quem gosta do gênero é de bastante ação e muita emoção.

    Desejamos sucessos!
    Beijos
    Irene

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